Saúde e Psicologia

Discorrer sobre os mistérios do Novo Evangelho, é trazer luz sobre pungentes questões que dizem respeito, de forma objetiva, acima de tudo à humanidade em seu próprio nível. É elucidar a natureza e as correlações de dois princípios terciárias, o Espírito Santo e a Criação, e é deitar as bases de um inédito humanismo espiritual. É aprofundar e universalizar, em definitivo, aos chamados Mistérios Marianos. Em termos práticos, é reconhecer na Natureza o fundo universal que possui, em termos físico, psicológico, mental e espiritual, além, de culturalmente, conferir à Ecologia a importância que merece, a partir da identificação de uma dimensão maior a ela relacionada, enquanto parte divina. É, enfim, ancorar no foro humano as maiores realizações possíveis, em temos de saúde, amor, ciência e sabedoria. O Evangelho da Natureza é a grande chave revelada para o resgate da magia e para o reencantamento da Terra.

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A Parúsia dos Eleitos


A Parúsia ou a “Presença” do Cristo é, acima de tudo, a grande Festa sabática dos eleitos, aqueles que têm o coração aberto para Deus. Ser um eleito não é se eleger a si mesmo, mas ser um escolhido pelo Deus que ama a todos. O eleito de Deus, é o homem de boa vontade, aquele que luta por superar-se para permitir que Deus que é Amor, Paz e União, viva também em sua vida.
Amamos a Parúsia, por isto, a nossa mensagem é para todos escaparmos ao sectário e ao elitismo, buscando o universal e a transformação do mundo pela união. Vencer este preconceito e o separatismo, é receber o batismo das águas da Humanidade que nos leva a comungar com o coração de Deus. Pois somente assim, cresceremos internamente e teremos a força necessária para alcançar a transformação do mundo que o Criador nos pede realizar.
Devemos considerar que aquilo que se entende por Parúsia está grandemente sujeito a interpretações, o mesmo a respeito das diferentes idéias religiosas. Isto não nos impede de exercer um cristianismo essencial, tratando de arejar o dogma e a letra morta com a prática e o ecumenismo.
Aqueles que ousam tratar do tema Parúsia devem ter a mente aberta, pois este é um fio-de-navalha que apenas se resolve pela Revelação plena e consumada. A renovação cristã ou, como preferimos dizer, da espiritualidade mundial, passa por acompanhar os tempos de globalização e ecumenismo. O nosso “próximo” hoje, não é somente o familiar ou vizinho-de-porta, mas a nação ao lado, a civilização paralela e assim por diante.
O Cristo da Parúsia é uma figura universal, mas ainda assim, nada disto desmente que haverá um foco para a revelação de Deus e para a organização do Reino. Deus é universal: unidade-na-diversidade. O seu vórtice poderá ser um “povo tirado de muitos povos” (segundo as profecias) como é o Brasil.
Com o Messias não se busca tanto o Vox populi vox Dei, e por muitas boas razões, se procura antes inverter a premissa: Vox Dei vox populi. Pois se trata isto de Alta Tradição. Mas a frase Vox populi vox dei, raramente vale para as pessoas médias e os místicos. Elas não são povo e a prova disto é que não entendem e nem se identificam com os interesses do povo, como é o caso da religião. Os seus simpatizantes são uma pequena elite mais ou menos sectária. Neste sentido, o Messias é muito mais povo do que todos eles, porque ao contrário destes, ele é uma elite não-elitista que olha por todos.
Tudo o que traz o Mestre é sólido, tem movido a História e se destina a fazer novamente, pois tem sido cultivado com sacrifícios impensáveis, é porta-voz de síntese e mateses (projetos) que superam as velhas teses e até as antíteses de quem recém ou ainda está somente a questionar as antiguidades (sem perceber a sua parte de valor também inerente) e nem saber que a hora para isto já passou ante o limiar do Novo Tempo. Sim, já passou a hora das “buscas” e dos “ensaios”, agora é o momento das respostas e das soluções. Esta pode ser uma novidade, espera-se que boa.
E é assumir responsabilidades e necessidades ante a hora que chega. Arjuna queria um anarquismo florido e não queria fazer o seu dever. Somos todos mais ou menos Arjuna, mas a batalha está aí. O que o Messias traz é para todos e não para si, portanto não cabe perder tempo em atacá-lo.
A abertura às idéias do mundo apenas pode ajudar na Parúsia que se destina a ser universal, e uma troca sincera de idéias é forma de comunicação aprovada por Deus porque somente traz a marca da Verdade. Cada religião merece ser reformada à luz das Novas Coisas, e nisto a troca de idéias e concepções é vital, pois Deus como Verdade e Espírito, se revelará na sua plenitude como uma Interface universal, após cada revelação apresentar a sua Luz oculta ao se despojar do excesso de dogmas e “pontos-de-vista”.
É de lamentar todo o separatismo, e hoje cabe incentivar a união da religião e do misticismo como forma de aprofundar a prática do conhecimento. Cabe terminar com a disputa pela Verdade, mas abrir uma cooperação geral. O bom esotérico será um religioso de base, e o bom religioso pode adentrar no esoterismo com segurança. Sabemos que a missão da paz e da concórdia é árdua, mas enfim: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.” (Mateus 5, 3-12)
É coisa muito complicada a “competição esotérica”, coisa que não tem sentido nenhum ante o Messias, pois o que ele faz não é parecido com aquilo que outros querem fazer. Mas cada um tem suas idéias e (pré) conceitos, geralmente ignorando o amadorismo implícito na competição. Há sempre aprendizados a fazer, certamente é uma arte elevada reunir, agregar e congregar os “iniciados”.
É muito importante remover as ilusões sobre a vida e a morte, ou as ilusões de vida eterna sobre bases frágeis, porque as pessoas não são iluminadas e nem discípulas de iluminados. Tal como os jovens são presunçosos e temerários porque tem vigor, os crentes se baseiam em falsas crenças e os “iniciados” se baseiam na sua pequena luz.
O Buda não discutia dogmas ou idéias, outros dogmatizaram em cima dele com interpretações. Tudo que ele falava era da importância de buscar a liberação em vida e que a vida era preciosa por nos dar esta oportunidade, e para isto o vegetarianismo era importante por várias razões.
Não é coisa difícil as pessoas confundirem iniciação com iluminação. Se fossemos iluminados, deveríamos ter todos os mundos às mãos, e não correr o risco de perder tudo. O crente peca pela falta de saber, e o esotérico peca por falta de fé. A fé não é antagônica com o saber, a fé é uma coisa eterna e uma base do espírito e produz novos conhecimentos. Para realmente se iluminar, o esforço é muito grande, sobretudo quando se trata de reabrir os caminhos da humanidade. Ninguém vem como iluminado, se fosse assim seria tudo muito fácil, a luz deve é crescer e se desembaraçar.
O iluminado só poder ser conhecido por sua luz. O trabalho e o compromisso é o que conta para os mestres. Porém, todos os grandes iluminados fizeram esforços imensos, até impensáveis, e mesmo nesta sua vida atual, para chegar àquilo que se tornaram. A cruz é mesmo coisa “doutro mundo”. A cruz iniciática, a expiação, a missão de Shambala ou dos Bodhisatwas, que é a Pedra Fundamental. A Hierarquia existe muito mais no plano espiritual do que no plano físico, e a divindade ainda mais.
A vida é o equilíbrio sagrado das coisas, uma verdadeira arte de cair e de levantar. Todo o movimento físico que realizamos, é um jogo de equilíbrio que controla a queda. Alguém definiu o caminhar como uma compensação da queda para frente. Quando um pássaro quer voar desde o seu ninho, ele se deixa cair um tanto para adquirir velocidade. A curva na bicicleta demanda uma inclinação, que é também uma queda temporária. Acaso esta realidade física, não se aplica também em outros planos?
Assim, o Cristo está presente em nossas colocações, muito mais do que se possa imaginar, e outros mestres que sigam os seus passos também, aliás o Cristo deve formar mestres para difundir a sua mensagem.
A idéia maior é que a ecologia, o vegetarianismo e afins, não terão nunca maior sucesso na macro-esfera sem um entorno também popular, que passa necessariamente pelo religioso, mas sobretudo pelo universal. Sem este enfoque mais amplo, ficaremos apenas numa espécie de elitismo sem respaldo e nem ação. Assim, achamos muito importante inserir o vegetarianismo na espiritualidade para ele chegar à população, como aconteceu na Índia por exemplo.
Entendemos também que o xamanismo passa mais por uma Escola Iniciática e por isto ele é em si mesmo seletivo. Porém, nada impede que ele se integre em algum nível com a sociedade e nem que tenha os seus Altos Instrutores, com nomes como Odin e Quetzalcóatl. Matriarcalismo e patriarcalismo às vezes não passam de nuances, e os opostos podem se fundir e aproximar, por isto Ying e Yang geram duas novas combinações onde os encontros são mais profundos e universais.
Céu e terra, todos têm as suas virtudes e também as suas limitações. Por esta razão, o certo é buscar o céu na terra e a terra no céu, na busca do Absoluto. Como fazer isto? Devemos tomar como base a nossa posição atual, ou aquilo com que mais nos identificamos. Esta será a nossa a base de evolução. É por isto que os terráqueos chegam aos céus e os anjos retornam à terra.
Isto faz parte de buscar o Caminho-do-Meio. Note que os Elementos centrais surgem dos extremos: é preciso conhecer os extremos antes! Eles são a matéria-prima da evolução. Conhecer os extremos significa amar muito a Terra, e também amar muito o Céu. Para poder fazer as duas coisas, é preciso atuar com pureza, que é um caminho de entrega e de intensidade. Equilibrar os opostos é a Libertação final.
De fato, a Terra já está no Céu e o Céu já está na Terra. A Terra Pura é a nossa catapulta celeste, e o Céu puro é a nossa catapulta terrena. A pureza é a sinceridade e o equilíbrio, é a entrega e a boa vontade. A síntese é divina, Deus é um Todo, vale a pena sermos seus discípulos. Deus brinca com o tempo, no rosário dos mundos que ele continuamente cria, preserva e renova. Cada Mestre tem a sua própria tônica. Os Budas tiveram os seus caminhos, resgatando o passado e atualizando as realizações. Só não devemos querer refazer os passos dos Budas, mas pegar as coisas onde eles deixaram para nós. Muitos tentaram ser Budas sem nem o saber, mas uma vez alcançado o Graal, aí tudo já fica bem diferente. Aí começa o Futuro, na seara do Presente.

Da obra "A Religião da Vida".

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