Saúde e Psicologia

Discorrer sobre os mistérios do Novo Evangelho, é trazer luz sobre pungentes questões que dizem respeito, de forma objetiva, acima de tudo à humanidade em seu próprio nível. É elucidar a natureza e as correlações de dois princípios terciárias, o Espírito Santo e a Criação, e é deitar as bases de um inédito humanismo espiritual. É aprofundar e universalizar, em definitivo, aos chamados Mistérios Marianos. Em termos práticos, é reconhecer na Natureza o fundo universal que possui, em termos físico, psicológico, mental e espiritual, além, de culturalmente, conferir à Ecologia a importância que merece, a partir da identificação de uma dimensão maior a ela relacionada, enquanto parte divina. É, enfim, ancorar no foro humano as maiores realizações possíveis, em temos de saúde, amor, ciência e sabedoria. O Evangelho da Natureza é a grande chave revelada para o resgate da magia e para o reencantamento da Terra.

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A Mensagem Universal: aos homens de boa vontade


“Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade.” (Luc 2, 13-14)

Grandes respostas não cabem em pequenas perguntas.
Os finais de ciclos são uma somatória ampla de problemas, que apenas podem ser resolvidos pela busca de soluções universais.
A humanidade apenas cresce realmente e dá saltos históricos, através da união das suas partes, alcançando deste modo superar impasses crônicos que ameaçam a sua sobrevivência.
É preciso buscar a Tradição da Sabedoria, na qual as coisas estão todas reunidas –veja as Sociedades Antigas, onde as instituições andavam unificadas na maior harmonia. Estas combinações não resultavam em impurezas, porque havia respeito mútuo e modéstia própria, ninguém queria ser dono-da-verdade e sabia ser parte de um Todo maior, do qual o próximo também é tanto quanto uma parte igual. Por isto estas antigas sociedades –como era o Éden original-, fazem a primeira imagem do Reino de Deus esperado.
Quando os Brahmanes afirmam que “não existe religião superior à Verdade”, estão a significa algo maior que os dogmas e as visões humanas da espiritualidade. Porém, querer falar com todos é angustiante, porque é como falar com ninguém. Deus vive na Terra o seu ostracismo sagrado, neste ciclo de evolução do planeta que ainda é o do homem, dependendo de poder contar com uns poucos que ousam tentar superar as próprias limitações. Por isto, o Buda quase desistiu de revelar o dharma, Jesus afirmou que o seu reino não é deste mundo, e Krishna chegou a pensar em acabar com a humanidade.
As pessoas esperam que Deus faça sempre algo por elas, mas elas devem entender que também necessitam fazer algo por Deus. Senão nada terá jamais solução, porque a humanidade integra um Plano maior.
A idéia do Deus universal e único, visava e visa sempre a superação destas diferenças, porque se de início Deus fez o homem perfeito à sua imagem e semelhança, depois a criatura refez o Criador segundo a sua própria idéia. Enquanto os homens vivem embalados nas suas próprias idéias, na ilusão de que são imortais, depois que eles distorceram completamente todos os Ensinamentos sobre a vida e a morte. Assim, Deus busca os homens primordiais para renovar a sua Criação, aqueles que querem fazer a Vontade de Deus e não a sua própria, porque a vontade do Pai sim, é abrangente e Una. O resgate do monoteísmo, tem muito mais a ver com a esperança da unidade cultural, que com o culto de um deus exclusivo e alheio.
“Homens de Boa Vontade”, são todos aqueles que fazem a vontade de Deus. Os eleitos de Deus são estes homens de boa inclinação íntima, porque buscam soluções não apenas para si, mas para todos. Esta é a grande diferença entre ser um presunçoso auto-eleito, e um amoroso eleito por Deus.
Os homens de boa vontade, são aqueles que fazem um esforço para superarem-se a si mesmos, seus desejos pessoais e de classe. Por isto eles alcançam a paz, como afirma Mateus na citação inicial (ver acima), em consonância com o louvor ao Altíssimo do qual somos todos filhos.
A união é a chave universal da transformação, tão importante quanto a virtude pessoal. É aquilo que fazemos por Deus, por todos, pela evolução –porque afinal, o Futuro é de todos.
Por isto, falar do amor e da paz, é tanto como pregar no deserto. Amor e paz são aspectos da união, no caso, a união sincera e fraterna. Mas a humanidade é por natureza setorialista, dividida, partidária, classista –é o separatismo inerente ao Pecado Original. O mal não está na diferença, mas sim na não-aceitação do outro, que o completa sem mal o saber quanto. Porém, este separatismo (origem da palavra grego “diabolos”), também afasta o homem de Deus, que é sempre uno e unificador.
Assim, é preciso adquirir um “coração de carne”, para substituir o de pedra dos filhos da terra: “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne” (Ezequiel 36, 26)
Cada nova etapa de evolução, demanda também um novo aprendizado. O aprendizado humano atual, não é apenas sobre as suas próprias coisas, mas sobre as coisas de todos, naquilo que todos temos em comum, não apenas com os chamados seres inferiores ou com os nossos semelhantes, mas também com os mestres e com Deus.
A autêntica Mensagem da Paz e da Concórdia, é a própria Palavra de Deus em ação. Por isto foi dito: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.” (Mateus 5, 3-12) É preciso discernir, daí, a Palavra de Deus, que é sábia, penetrante e unificadora.
O grande problema de estender a todos uma mensagem universal, é que quase todos estão habituados ao não-universal, ao partidarismo, ao sectarismo –coisas inerentes, afinal, à própria estrutura humana como vimos.
Isto significa que, a depender da própria humanidade, não existe salvação e nem solução para os seus graves problemas. Por isto ele deve olhar para além de si mesma, quando finalmente redesperta para as suas limitações, e aguardar as respostas trazidas pelo Altíssimo, através dos seus Enviados provados, para então poder realmente começar a se libertar.
A dificuldade que Deus encontra para fazer parte da vida da humanidade, é a mesma que ele tem de participar de nossos pensamentos cotidianos. Não há salvação para a humanidade, enquanto ela não é capaz de dar aquele único passo em direção a Deus, quando ele sempre dá mil passos em direção a ela.
A medida dos nossos pensamentos em Deus, é a mesma em que a nossa vida está abençoada –e ele pouco pode fazer a respeito, porque a nossa decisão é parte do nosso próprio livre-arbítrio, mesmo quando agimos por ignorância. Mas Deus não é tanto assunto de religião, e sim de amor e de equilíbrio. Daí a importância de contar com os raros consagrados, que pagam o preço que ninguém mais está disposto a pagar para fazer a Intermediação, talvez porque também sejam predestinados a isto ou de algum modo foram longamente preparados.
Assim, é preciso que os homens de boa vontade trilhem plenamente a Escola da União, e receba o novo aprendizado da superação dos conflitos e dos impasses. As pessoas inventam seitas para adorar Deus, e o Criador aceita isto. Porém, há momentos em que é preciso escutar a Palavra do próprio Senhor, de fonte viva e não da letra morta. De modo que nestas rápidas Prescrições, temos arrolados os três Preceitos da Boa Lei: o Mensageiro, a Palavra e os Eleitos, o que em nada difere da estrutura tradicional das religiões, como Buda-Dharma-Sangha ou Cristo-Evangelho-Igreja.
Paz, Amor e União: aqui jaz o espírito vivo de Deus, quiçá uma nova expressão da Trindade!
Os Filhos do Reino saberão ouvir a Palavra da Unidade, sabedores de que “nenhum reino dividido contra si mesmo prosperará” (Mt 12:25). Enfrentarão resolutos os desafios da união, no entendimento de que o Dilema da Terra dividida, apenas se resolve pela Palavra de Deus unificadora.
Deixar-se semear pela Palavra, é receber um novo alento, é conhecer caminhos novos e redespertar a Esperança.

Da obra "A Religião da Vida".

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